Lula tem 49% e Bolsonaro, 45%, segundo Datafolha

Lula tem 49% e Bolsonaro, 45%, segundo Datafolha

Ex-presidente manteve a mesma pontuação e o atual mandatário oscilou um ponto para cima em relação à pesquisa anterior

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 49% das intenções de voto, contra 45% do presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (19/10).

Na pesquisa anterior, divulgada na última sexta-feira, Lula tinha os mesmos 49% e Bolsonaro, 44%, um ponto percentual a menos.

A diferença da intenção de voto entre os dois candidatos caiu de cinco para quatro pontos, no limite da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Outros 4% disseram que pretendem votar em branco ou nulo, e 1% estão indecisos ou não responderam.

A pesquisa foi realizada em 17 a 19 de outubro com 2.912 pessoas em 181 municípios.

Nas intenções de votos válidos, que desconsidera brancos e nulos e os indecisos, Lula tem 52% e Bolsonaro, 48%. Na pesquisa passada, eles tinham 53% e 47%, respectivamente.

As entrevistas ocorreram após o debate entre os dois candidatos no domingo realizado pela TV Bandeirantes, TV Cultura, jornal Folha de S.Paulo e portal UOL e um vídeo do presidente no qual ele diz ter “pintado um clima” entre ele e adolescentes venezuelanas de 14 e 15 anos ter viralizado.

Pesquisas x resultados

O resultado do primeiro turno surpreendeu e gerou críticas a institutos de pesquisa, já que os últimos levantamentos do Datafolha e do Ipec divulgados na véspera do pleito apontavam Lula 14 pontos percentuais à frente de Bolsonaro. Pesquisas anteriores também vinham indicando ampla vantagem do petista.

No entanto, após a contagem de votos, a vantagem de Lula foi de cerca de cinco pontos percentuais. Com 100% das urnas apuradas, Lula recebeu 48,43% dos votos, Bolsonaro, 43,2%.

Em entrevista à DW, o diretor de amostragem do Survey Research Center da Universidade de Michigan (EUA) e membro da American Association for Public Opinion Research (Aapor), Raphael Nishimura, disse que tratar as pesquisas eleitorais como oráculo não faz sentido.

“Não tem como a gente dizer que pesquisas pré-eleitorais erram ou acertam o resultado das eleições. Elas são um retrato do momento”, explica o estatístico.

Como possíveis explicações para a diferença dos resultados da pesquisa e do que foi visto nas urnas, Nishimura cita que uma parte do eleitorado pode ter mudado o voto em cima da hora, depois das últimas sondagens. O não comparecimento de 20% é outro ponto difícil de considerar nos levantamentos. A terceira hipótese é de um viés de não resposta por parte de eleitores pró-Bolsonaro que desconfiam dos institutos.

Dom Total

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