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Taxa de prefeitas dobrou no Brasil, mas ainda é só de 12%

by Anderson

Taxa de prefeitas dobrou no Brasil, mas ainda é só de 12%

Os dados são das Pesquisas de Informações Básicas Municipais (Munic) e Estaduais (Estadic), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Em duas décadas, o Brasil conseguiu dobrar a proporção de mulheres à frente de governos municipais. No entanto, elas chegaram a 2021 comandando apenas 12,1% das prefeituras. No ano passado, havia 674 gestoras, ante 4.894 do sexo masculino. Ou seja, os homens estavam à frente de 87,9% das prefeituras entre os 5.568 municípios pesquisados.

Os dados são das Pesquisas de Informações Básicas Municipais (Munic) e Estaduais (Estadic), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apenas dois municípios não responderam. “Verificou-se que, durante os 20 anos que separam a primeira pesquisa desta última edição, as prefeitas passaram de 332 para 674 (6% para 12,1%). Mas, apesar de esse número ter dobrado, ainda é muito pequena a representatividade feminina no comando do executivo municipal”, diz o IBGE.

A Região Nordeste manteve no ano passado o maior porcentual de prefeitas, enquanto o Sul e Sudeste registraram as menores fatias. Os Estados com maiores proporções de municípios comandados por mulheres em 2021 foram: Roraima (26,7%), Rio Grande do Norte (22,8%), Maranhão (22,1%), Alagoas (21,6%) e Pará (20,1%). As menores proporções foram observadas no Espírito Santo (2,6%), Amapá (6,3%), Minas Gerais, Rio Grande do Sul (7 4%) e Mato Grosso do Sul (7,6%).

Apenas dois dos 49 municípios com mais de 500 mil habitantes tinham prefeitas no ano passado: Contagem e Juiz de Fora, ambos em Minas Gerais. Apesar do número ínfimo, houve melhora em relação à edição anterior da pesquisa sobre o tema, realizada em 2017, quando a presença feminina nesse cargo era inexistente em municípios com esse porte populacional. De 2017 para 2021, as mulheres conquistaram mais 12 prefeituras no País como um todo.

Raça

A maioria dos gestores municipais informou ser de cor ou raça branca – 68,8% -, enquanto os pretos ou pardos não ocupavam nem um terço das prefeituras: apenas 30,6%. Os que se declararam indígenas ou amarelos totalizavam 0,6% dos prefeitos.

Na Região Sul, 94,6% das prefeituras eram comandadas por brancos; no Sudeste, 80,3%. Os pretos e pardos eram maioria no comando de prefeituras nas Regiões Norte (60,1%) e Nordeste (50 5%).

Em 2021, a idade média dos gestores municipais foi de 50 anos, a maior já registrada desde 2001. As mulheres tinham média de idade de 48,9 anos e os homens, de 50,2 anos.

Quanto à escolaridade, 3.224 gestores tinham curso superior completo, dos quais 15,6% possuíam especialização, mestrado ou doutorado. O resultado representa 195 gestores a mais com curso superior completo em relação a 2017 e 167 prefeitos a mais com pós-graduação.

Entre as prefeitas, 79,4% tinham ao menos o superior completo. Entre os prefeitos, só 54,9% tinham esse nível de escolaridade.

Agência Estado

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